terça-feira, 30 de junho de 2020

Trabalho de História: Racismo Estrutural "A luta dos Negros pela Liberdade no Brasil" 6A, 6B,7C,8A,8B,9A,9B e 1M4

Escravidão:
Muitos acreditam que a escravidão esta ligada a cor da pele negra do africano. No entanto, isso não é verdade:
Na Antiguidade a escravidão era generalizada independente do povo.
Classes sociais na Roma Antiga
Na Península Ibérica (Espanha e Portugal) durante a Idade Média, houve a escravidão dos eslavos.
Eslavos da Macedônia.




Península Ibérica
Os genoveses (hoje Itália) exploravam o trabalho de escravos raptados na Grécia Continental e nos Bálcãs.



Na América espanhola a escravidão indígena foi predominante até pelo menos o século XVII.
América espanhola.
Por que no Brasil foi usada a mão de obra escrava dos africanos?
No Brasil a escravidão indígena predominou até 1570, quando doenças trazidas pelos europeus, contaminou os índios, muitos morreram. E também muitos outros foram mortos pelos os colonizadores. Então a mão de obra escrava indígena se tornou escassa e pouco rentável.
Tornando- se necessária a importação de escravos.
Os colonizadores lançaram mão de um comércio já existente em Portugal desde 1151, o comércio de escravos sequestrados na África.


A luta dos negros
A abolição da escravidão é mostrada comumente como um presente da família imperial. A princesa Isabel aparece como grande bem feitora, pois assinou a Lei Áurea e libertou os escravos.

Princesa Isabel do Brasil
Porém, não contam sobre a luta dos negros pela sua liberdade.
Muitos escravos fugiam de seus senhores e formavam comunidades chamadas Quilombos, que se espalharam pelo Brasil de norte a sul.
Quilombo

Os negros também se organizaram e fizeram uma série de revoltas na Bahia, mostrando que a escravidão não tinha mais lugar no Brasil. Ressurreição de escravos muçulmanos  (Revolta dos Malês).
Revolta dos Malês




Luiz Gama
Luiz  Gama 
Um negro tornado escravo pelo próprio pai (homem branco), filho da mulher que foi uma das principais lideranças da Revolta dos Malês, Luísa Mahin  (negra livre). Depois que foi vendido nunca mais viu a mãe.
Luísa Mahin
Luiz Gama, negro forro, (negro liberto por uma carta de alforria)  
Exemplo de Carta de Alforria
foi líder do movimento abolicionista no Brasil, fundou a primeira Sociedade Abolicionista. Era um autodidata ( estudou por conta própria), se tornou um advogado sem diploma, e tornou -se celebre por  defender um negro que havia matado seu dono, alegando que matar escravagista não era crime, defendia escravos, conseguiu a liberdade de muitos. Lutou pela abolição, morreu antes dela acontecer.

Caifazes

Antônio Bento (seguidor de Luiz Gama), 


liderou os Caifazes, esta organização sequestrava os escravos nas fazendas e escondia no famoso Quilombo do Jabaquara, 
Quilombo do Jabaquara
para descer a Serra da Mantiqueira e serem transferidos para as províncias onde a escravidão  já havia terminado. Os  caifazes entravam em conflito com negociantes de escravos, e o exército chegou a recusar a reprimir- los, pois haviam lutado juntos ao lado dos negros na Guerra do Paraguai.
Para  não perder o poder, os brancos fizeram a abolição, já que os negros estavam rebelados em todo o país, mas sem dividir a terra, então, os negros conseguiram sua liberdade depois de muita luta, porém, continuaram marginalizados, trocando seu trabalho por salários baixos.
Ainda hoje o negro é marginalizado, e a sua luta continua por uma vida livre e boa!

Questões  para o 6A, 6B e 7C:
1) Só os negros foram escravizados na história da humanidade?
2) Por que no Brasil foi usada a mão de obra escrava dos africanos?
3) Quem foi Luiz Gama?

Responda nos comentários do Blog, no chat do Conexão Escola que estará aberto no horário das nossas aulas, ou me mande a resposta por email: elaine.historiaep@yahoo.com


Questões para o 8A,8B, 9Ae 9B
1) Por que pode-se dizer que a escravidão existiu na história da humanidade independente do povo?
2) Existe uma discussão sobre as causas que levaram os colonizadores a importar escravos sequestrados na África. Explique essas causas.
3) A historiografia tradicional costumava mostrar a abolição como um presente da família imperial brasileira. Escreva sobre a luta dos negros, muitas vezes  esquecidas pela História.

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Questões para o 1M4
1) Escreva sobre a escravidão na Antiguidade, Grécia, Roma e Egito.
2) Explique a monocultura no grande latifúndio no Brasil colonial e o porque do uso da mão de obra escrava importada da África.
3) Qual sua opinião sobre o fato da historiografia tradicional, relatar a abolição da escravidão como  um presente da classe branca e dominante, e não dar a devida importância a luta dos negros? Por que isso acontece?
4) Escreva um texto sobre a luta dos negros pela sua liberdade, desde quando foram sequestrados na África até os dias de hoje. Coloque no seu texto esses pontos:

*Quilombos

*Revolta dos Malês

*Luiz Gama

*Caifazes


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terça-feira, 16 de junho de 2020

Trabalho sobre Meio Ambiente de História- A Mata do Krambeck- 9A,9B e 1M4

A Mata do Krambeck

A Mata do Krambeck é uma das maiores áreas remanescentes de Mata Atlântica em perímetro urbano. A floresta da região foi regenerada em cerca de 90 anos.
A fauna silvestre da Mata do Krambeck é riquíssima.
No total, são mais de 512 hectares, ou 474 campos de futebol, remanescentes da Mata Atlântica.


Figura1
Em  1901 o imigrante alemão Detlef  Krambeck adquiriu o Sítio Novo. Em 1924 comprou outra propriedade adjacente com maior extensão: Sítios "Bons Ayres", composta por pastagens e fragmentos residuais de floresta Atlântica e passou a ser chamada de Retiro Velho e, no mesmo período a família Krambeck inicia o reflorestamento da área . Em 1938 ocorre a obtenção da terceira e última parte que formou o conjunto de posses da família Krambeck Sítio Malícia.
Figura 2.

Até 1993 os proprietários investem na recuperação da vegetação. Em 2010 UFJF adquire o espaço para o uso como Jardim Botânico.

Figura 3



FONTES:
Tribuna de Minas:  https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/05-06-2019/mata-do-krambeck-esta-proxima-de-ser-transformada-em-parque.html#:~:text=A%20Mata%20do%20Krambeck%20%C3%A9,tratar%20de%20um%20espa%C3%A7o%20privado.
CRUZ, Lucas Abranches; Espaços Verdes e Espaço Urbano: A Mata do Krambeck e a Cidade de Juiz de Fora em Minas Gerais. páginas: 18,19, 20,21.


Responda:
1) Por que a floresta se chama "Mata do Krambeck"?
2) Você consegue  ver o seu bairro na terceira figura? Qual o seu bairro?
3) Mata do Krambeck é formada por quais antigos sítios?
4)Qual a importância de termos uma mata em perímetro urbano? E a importância  de termos uma área remanescente de Mata Atlântica?
5) O que você acha da transformação da Mata do Krambeck em Jardim Botânico?



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Trabalho sobre Meio Ambiente de História- A Mata do Krambeck (6A,6B,7C,8A, 8B.)


A Mata do Krambeck

A Mata do Krambeck é uma das maiores áreas remanescentes de Mata Atlântica em perímetro urbano. A floresta da região foi regenerada em cerca de 90 anos.
A fauna silvestre da Mata do Krambeck é riquíssima.
No total, são mais de 512 hectares, ou 474 campos de futebol, remanescentes da Mata Atlântica.
Figura 1.
Em  1901 o imigrante alemão Detlef  Krambeck adquiriu o Sítio Novo. Em 1924 comprou outra propriedade adjacente com maior extensão: Sítios "Bons Ayres", composta por pastagens e fragmentos residuais de floresta Atlântica e passou a ser chamada de Retiro Velho e, no mesmo período a família Krambeck inicia o reflorestamento da área . Em 1938 ocorre a obtenção da terceira e última parte que formou o conjunto de posses da família Krambeck o Sítio Malícia.
Figura 2.


Até 1993 os proprietários investem na recuperação da vegetação. Em 2010 a UFJF adquire o espaço para o uso como Jardim Botânico.


Figura 3.


FONTES:
Tribuna de Minas: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/05-06-2019/mata-do-krambeck-esta-proxima-de-ser-transformada-em-parque.html#:~:text=A%20Mata%20do%20Krambeck%20%C3%A9,tratar%20de%20um%20espa%C3%A7o%20privado.

CRUZ, Lucas Abranches; Espaços Verdes e Espaço Urbano: A Mata do Krambeck e a Cidade de Juiz de Fora em Minas Gerais. páginas: 18,19, 20,21.


Responda:
1) Por que a floresta se chama "Mata do Krambeck"?
2) Você consegue  ver o seu bairro na terceira figura? Qual o seu bairro?
3) Mata do Krambeck é formada por quais antigos sítios?

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terça-feira, 9 de junho de 2020

Trabalho de História sobre Covid19 e as grandes pandemias da humanidade (Gripe Espanhola) 9A, 9B e 1M4

Os primeiros casos de gripe espanhola foram registrados entre militares nos Estados Unidos.
Hoje vivemos uma grande pandemia, a Covid19, muitas pessoas no mundo estão pegando essa doença, a maioria sobrevive, mas muitas pessoas estão morrendo. Essa não é a primeira vez que a humanidade é atingida por uma pandemia. Hoje vamos estudar a Gripe Espanhola.
Assista o vídeo:

E ou, leia o texto:
gripe espanhola foi uma pandemia que aconteceu entre 1918 e 1919, atingindo todos os continentes e deixando um saldo de, no mínimo, 50 milhões de mortos. Não se sabe o local de origem dela, mas sabe-se que ela se iniciou de uma mutação do vírus Influenza. Os primeiros casos foram registrados nos Estados Unidos.
A gripe espanhola espalhou-se pelo mundo, principalmente, por conta da movimentação de tropas no período da Primeira Guerra Mundial, tendo um impacto direto nos países que participavam desse conflito. Aqui no Brasil, ela chegou em setembro de 1918, espalhando-se por todas as regiões do país e causando a morte de 35 mil brasileiros.
Uma série de estudos foram conduzidos ao longo dos séculos XX e XXI sobre a gripe espanhola, e a origem da doença permanece um mistério. Existem duas teorias que sugerem que ela pode ter surgido na China ou nos Estados Unidos, mas não há provas que possam confirmar em qual dos dois lugares ela tenha de fato aparecido pela primeira vez.
O que se sabe é que, provavelmente, a gripe espanhola foi uma mutação do vírus Influenza que passou de aves para os seres humanos. Além disso, sabemos que os primeiros casos que se tem conhecimento aconteceram nos Estados Unidos e foram registrados no Fort Riley, uma instalação militar localizada no estado do Kansas.
O primeiro paciente foi o soldado Albert Gitchell, o qual foi internado, com sintomas de gripe, na enfermaria de Fort Riley, em 11 de março de 1918. Nas semanas seguintes, mais de 1100 outros soldados desse local foram internados com os mesmos sintomas. Acredita-se que por meio das tropas norte-americanas que participavam da Primeira Guerra Mundial é que a doença espalhou-se pelo mundo.

Por que é chamada de gripe espanhola?

Se a gripe espanhola surgiu ou nos Estados Unidos ou na Chima, por que a chamamos de gripe espanhola? O termo “espanhola” não faz referência à suposta origem da doença, mas sim ao fato de que a imprensa espanhola ficou conhecida por divulgar as notícias dela pelo mundo. A explicação para isso tem relação direta com a Primeira Guerra Mundial.
A gripe espanhola afetou todos os continentes do mundo e teve um impacto muito grande nos países que lutavam na Primeira Guerra Mundial. Por conta desse conflito, era necessário que as informações da doença fossem escondidas de forma a não prejudicar o moral dos soldados, não criar pânico na população e nem passar imagem de fraqueza para o adversário.
Assim, as notícias dessa gripe letal eram censuradas em grande parte dos países europeus. A Espanha, no entanto, não participava da guerra, e sua imprensa tinha liberdade para falar da doença. Isso fez com que a cobertura espanhola ficasse conhecida no mundo, e a pandemia passou a ser nomeada como “gripe espanhola”.

Difusão da doença

A gripe espanhola alastrou-se pelo mundo em três ondas:
  • Primeira onda: iniciada em março de 1918;
  • Segunda onda: iniciada em agosto de 1918;
  • Terceira onda: iniciada em janeiro de 1919.
Entre essas três ondas, a segunda ficou conhecida por ser a mais contagiosa e por possuir os maiores índices de mortalidade. A tese aceita é a de que a doença inicialmente se espalhou pelo mundo por meio das tropas norte-americanas enviadas para a Europa para participarem da Primeira Guerra Mundial.
Uma vez estabelecida no continente europeu, a doença foi levada para o restante do mundo pelo deslocamento de pessoas por meio de viagens ou do sistema de transporte internacional de mercadorias. Aqui no Brasil, por exemplo, ela chegou, em setembro de 1918, por uma embarcação que veio da Inglaterra e passou por Lisboa, Recife, Salvador e Rio de Janeiro.
Todos os continentes habitados foram afetados pela gripe espanhola, e o historiador J. N. Hays alega que pouquíssimos locais, como áreas do norte da Islândia e algumas ilhas da Samoa Americana, não foram afetadas|1|. Isso significa que somente locais remotos conseguiram escapar da gripe espanhola.

Tratamento
O uso de máscaras foi comum em alguns locais dos Estados Unidos como forma de diminuir o contágio da gripe espanhola.

À medida que a gripe espanhola ganhou espaço, o efeito era o mesmo em diferentes locais: o sistema de saúde entrou em colapso devido à grande quantidade de pessoas doentes. A princípio muitos cientistas acreditavam que o causador da doença tinha sido uma bactéria conhecida na época como bacilo de Pfeiffer, mas atualmente sabemos que essa teoria não estava correta.
Os médicos da época não sabiam como tratar adequadamente a doença, primeiro, por ela ser nova, e segundo, porque a medicina até então não tinha conhecimento suficiente para tal ação. Uma série de medicamentos começaram a ser administrados nos pacientes como tentativa de combatê-la, mas mostraram-se ineficazes.
Os tratamentos dedicaram-se, dessa forma, a aliviar o sofrimento dos pacientes, e, assim, o papel das enfermeiras foi essencial, pois elas mantinham os cuidados diários com aqueles que adoeciam. No entanto, como mencionado, o colapso dos sistemas de saúde ocorreu em diferentes locais onde a doença chegou, e nem todos tiveram acesso ao tratamento devido.
Isso forçou a tomada de medidas emergenciais, como a improvisação de hospitais e de leitos para atender as pessoas que adoeciam. Outro ponto é que os pacientes mais graves e que desenvolviam infecções sofriam consideravelmente, pois, naquela época, não existiam antibióticos para realizar o tratamento deles.
Como se identificou que a doença era contagiosa, muitos locais adotaram medidas de isolamento social. Assim, foram decretados o fechamento de escolas, igrejas, comércio e repartições públicas em diferentes locais, inclusive no Brasil. Em alguns deles, como nos Estados Unidos, adotou-se o uso de máscaras para reduzir-se o contágio. Muitos locais incentivaram a população a entrar em quarentena.
J. N. Hays afirma que a quarentena em alguns lugares, como na Austrália, teve grande sucesso, uma vez que o país foi atingido pela primeira onda da gripe, mas não foi afetado pela segunda|2|. O combate contra a gripe espanhola presenciado em locais como a Europa e a América do Norte não o foi em locais como a Ásia e a África, em grande parte ainda colonizados pelos europeus, o que fez com que milhões de pessoas morressem neles.
Isso fez com que surgissem algumas teorias que tentaram explicar a mortalidade da doença pela classe social. Em alguns locais, como a Índia, ela pode ser aplicada (em outros, não); entre os milhões de mortos de gripe espanhola no país (fala-se que entre 18 e 20 milhões de pessoas morreram só na Índia), a maioria pertencia às castas mais baixas. Outra questão que permanece sem explicação é o porquê da doença ser mais mortal em jovens de 20 a 30 anos.

Consequências

A gripe espanhola foi uma das piores pandemias da história da humanidade. Mostrou-se como uma doença com grande capacidade de contágio e altamente letal. Os especialistas do assunto falam que 25% de toda a população norte-americana foram afetados pela doença, o que corresponde de 25 a 30 milhões de pessoas|3|.
No caso do Brasil, por exemplo, a cidade de São Paulo foi uma das mais afetadas, e, embora tenham sido notificados 116.777 casos nela (22,32% da população), acredita-se que o total de pessoas infectadas pela gripe espanhola tenha sido de 350 mil, o que corresponde a cerca de 2/3 da sua população naquele período|4|.
Ao todo, os especialistas do assunto apontam que a quantidade mínima de pessoas que morreram de gripe espanhola, entre 1918 e 1919, tenha sido de 50 milhões, mas algumas estatísticas elevam esse total para até 100 milhões de pessoas. Um dos locais mais afetados, como mencionado, foi a Índia, que registrou, no mínimo, 18 milhões de mortos. Aqui no Brasil foi registrado, oficialmente, o total de 35 mil mortos.
Notas
|1| HAYS, J. N. Epidemics and pandemics. Their impacts on human history. Austin, Texas: Fundação Kahle, 2005. p. 386.
|2| Idem, p. 391.
|3| Idem, p. 385.
|4| BARATA, Rita Barradas. Cem anos de endemias e epidemias
Agora responda nos comentários do blog, coloque seu nome e sala:
1) Por que com A gripe Espanhola o sistema de saúde entrava em colapso em diferentes locais? Relacione o Colapso do sistema de saúde  na época da Gripe Espanhola, com o que vivemos hoje no Brasil com a Covid19.
2)A Gripe Espanhola atingiu as classes mais baixas, em sua opinião por que isso aconteceu? E no Brasil qual classe é mais atingida pela Covid19? Por quê?

Trabalho de História sobre Covid19 e as grandes pandemias da humanidade (Gripe Espanhola) 8A, 8B

Os primeiros casos de gripe espanhola foram registrados entre militares nos Estados Unidos.
Hoje vivemos uma grande pandemia, a Covid19, muitas pessoas no mundo estão pegando essa doença, a maioria sobrevive, mas muitas pessoas estão morrendo. Essa não é a primeira vez que a humanidade é atingida por uma pandemia. Hoje vamos estudar a Gripe Espanhola.
Assista o vídeo:

E ou, leia o texto:
gripe espanhola foi uma pandemia que aconteceu entre 1918 e 1919, atingindo todos os continentes e deixando um saldo de, no mínimo, 50 milhões de mortos. Não se sabe o local de origem dela, mas sabe-se que ela se iniciou de uma mutação do vírus Influenza. Os primeiros casos foram registrados nos Estados Unidos.
A gripe espanhola espalhou-se pelo mundo, principalmente, por conta da movimentação de tropas no período da Primeira Guerra Mundial, tendo um impacto direto nos países que participavam desse conflito. Aqui no Brasil, ela chegou em setembro de 1918, espalhando-se por todas as regiões do país e causando a morte de 35 mil brasileiros.
Uma série de estudos foram conduzidos ao longo dos séculos XX e XXI sobre a gripe espanhola, e a origem da doença permanece um mistério. Existem duas teorias que sugerem que ela pode ter surgido na China ou nos Estados Unidos, mas não há provas que possam confirmar em qual dos dois lugares ela tenha de fato aparecido pela primeira vez.
O que se sabe é que, provavelmente, a gripe espanhola foi uma mutação do vírus Influenza que passou de aves para os seres humanos. Além disso, sabemos que os primeiros casos que se tem conhecimento aconteceram nos Estados Unidos e foram registrados no Fort Riley, uma instalação militar localizada no estado do Kansas.
O primeiro paciente foi o soldado Albert Gitchell, o qual foi internado, com sintomas de gripe, na enfermaria de Fort Riley, em 11 de março de 1918. Nas semanas seguintes, mais de 1100 outros soldados desse local foram internados com os mesmos sintomas. Acredita-se que por meio das tropas norte-americanas que participavam da Primeira Guerra Mundial é que a doença espalhou-se pelo mundo.

Por que é chamada de gripe espanhola?

Se a gripe espanhola surgiu ou nos Estados Unidos ou na Chima, por que a chamamos de gripe espanhola? O termo “espanhola” não faz referência à suposta origem da doença, mas sim ao fato de que a imprensa espanhola ficou conhecida por divulgar as notícias dela pelo mundo. A explicação para isso tem relação direta com a Primeira Guerra Mundial.
A gripe espanhola afetou todos os continentes do mundo e teve um impacto muito grande nos países que lutavam na Primeira Guerra Mundial. Por conta desse conflito, era necessário que as informações da doença fossem escondidas de forma a não prejudicar o moral dos soldados, não criar pânico na população e nem passar imagem de fraqueza para o adversário.
Assim, as notícias dessa gripe letal eram censuradas em grande parte dos países europeus. A Espanha, no entanto, não participava da guerra, e sua imprensa tinha liberdade para falar da doença. Isso fez com que a cobertura espanhola ficasse conhecida no mundo, e a pandemia passou a ser nomeada como “gripe espanhola”.

Difusão da doença

A gripe espanhola alastrou-se pelo mundo em três ondas:
  • Primeira onda: iniciada em março de 1918;
  • Segunda onda: iniciada em agosto de 1918;
  • Terceira onda: iniciada em janeiro de 1919.
Entre essas três ondas, a segunda ficou conhecida por ser a mais contagiosa e por possuir os maiores índices de mortalidade. A tese aceita é a de que a doença inicialmente se espalhou pelo mundo por meio das tropas norte-americanas enviadas para a Europa para participarem da Primeira Guerra Mundial.
Uma vez estabelecida no continente europeu, a doença foi levada para o restante do mundo pelo deslocamento de pessoas por meio de viagens ou do sistema de transporte internacional de mercadorias. Aqui no Brasil, por exemplo, ela chegou, em setembro de 1918, por uma embarcação que veio da Inglaterra e passou por Lisboa, Recife, Salvador e Rio de Janeiro.
Todos os continentes habitados foram afetados pela gripe espanhola, e o historiador J. N. Hays alega que pouquíssimos locais, como áreas do norte da Islândia e algumas ilhas da Samoa Americana, não foram afetadas|1|. Isso significa que somente locais remotos conseguiram escapar da gripe espanhola.

Tratamento


À medida que a gripe espanhola ganhou espaço, o efeito era o mesmo em diferentes locais: o sistema de saúde entrou em colapso devido à grande quantidade de pessoas doentes. A princípio muitos cientistas acreditavam que o causador da doença tinha sido uma bactéria conhecida na época como bacilo de Pfeiffer, mas atualmente sabemos que essa teoria não estava correta.
Os médicos da época não sabiam como tratar adequadamente a doença, primeiro, por ela ser nova, e segundo, porque a medicina até então não tinha conhecimento suficiente para tal ação. Uma série de medicamentos começaram a ser administrados nos pacientes como tentativa de combatê-la, mas mostraram-se ineficazes.
Os tratamentos dedicaram-se, dessa forma, a aliviar o sofrimento dos pacientes, e, assim, o papel das enfermeiras foi essencial, pois elas mantinham os cuidados diários com aqueles que adoeciam. No entanto, como mencionado, o colapso dos sistemas de saúde ocorreu em diferentes locais onde a doença chegou, e nem todos tiveram acesso ao tratamento devido.
Isso forçou a tomada de medidas emergenciais, como a improvisação de hospitais e de leitos para atender as pessoas que adoeciam. Outro ponto é que os pacientes mais graves e que desenvolviam infecções sofriam consideravelmente, pois, naquela época, não existiam antibióticos para realizar o tratamento deles.
Como se identificou que a doença era contagiosa, muitos locais adotaram medidas de isolamento social. Assim, foram decretados o fechamento de escolas, igrejas, comércio e repartições públicas em diferentes locais, inclusive no Brasil. Em alguns deles, como nos Estados Unidos, adotou-se o uso de máscaras para reduzir-se o contágio. Muitos locais incentivaram a população a entrar em quarentena.
J. N. Hays afirma que a quarentena em alguns lugares, como na Austrália, teve grande sucesso, uma vez que o país foi atingido pela primeira onda da gripe, mas não foi afetado pela segunda|2|. O combate contra a gripe espanhola presenciado em locais como a Europa e a América do Norte não o foi em locais como a Ásia e a África, em grande parte ainda colonizados pelos europeus, o que fez com que milhões de pessoas morressem neles.
Isso fez com que surgissem algumas teorias que tentaram explicar a mortalidade da doença pela classe social. Em alguns locais, como a Índia, ela pode ser aplicada (em outros, não); entre os milhões de mortos de gripe espanhola no país (fala-se que entre 18 e 20 milhões de pessoas morreram só na Índia), a maioria pertencia às castas mais baixas. Outra questão que permanece sem explicação é o porquê da doença ser mais mortal em jovens de 20 a 30 anos.

Consequências

A gripe espanhola foi uma das piores pandemias da história da humanidade. Mostrou-se como uma doença com grande capacidade de contágio e altamente letal. Os especialistas do assunto falam que 25% de toda a população norte-americana foram afetados pela doença, o que corresponde de 25 a 30 milhões de pessoas|3|.
No caso do Brasil, por exemplo, a cidade de São Paulo foi uma das mais afetadas, e, embora tenham sido notificados 116.777 casos nela (22,32% da população), acredita-se que o total de pessoas infectadas pela gripe espanhola tenha sido de 350 mil, o que corresponde a cerca de 2/3 da sua população naquele período|4|.
Ao todo, os especialistas do assunto apontam que a quantidade mínima de pessoas que morreram de gripe espanhola, entre 1918 e 1919, tenha sido de 50 milhões, mas algumas estatísticas elevam esse total para até 100 milhões de pessoas. Um dos locais mais afetados, como mencionado, foi a Índia, que registrou, no mínimo, 18 milhões de mortos. Aqui no Brasil foi registrado, oficialmente, o total de 35 mil mortos.
Notas
|1| HAYS, J. N. Epidemics and pandemics. Their impacts on human history. Austin, Texas: Fundação Kahle, 2005. p. 386.
|2| Idem, p. 391.
|3| Idem, p. 385.
|4| BARATA, Rita Barradas. Cem anos de endemias e epidemias
Agora responda nos comentários do blog, coloque seu nome e sala:
1) Quando ocorreram as três ondas da Gripe Espanhola?
2)Como a Gripe Espanhola se espalhou pelo mundo?