quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Xenofobia 9A,9B, 1M4

A palavra xenofobia tem origem grega e significa, basicamente, aversão ao estrangeiro. A xenofobia é um tipo de preconceito contra quem nasceu em um lugar diferente do seu. Normalmente, ela está associada ao racismo e expressa-se, por vezes, por meio da intolerância religiosa ou dos preconceitos acerca do local de origem da vítima.

A xenofobia é a aversão preconceituosa a quem é estrangeiro. De outra cidade, de outra região, de outro país e de outra cultura, o estrangeiro pode causar o medo, o espanto, a curiosidade daquele que não o conhece. No entanto, esses mesmos sentimentos podem ser expressos de maneira desrespeitosa, ofensiva e brutal, causando o que chamamos de xenofobia, que é o preconceito contra o estrangeiro.

A xenofobia é algo que aparece em nosso mundo globalizado com bastante força e que, graças à maior facilidade de denúncias e à maior utilização das redes sociais, os casos estão cada vez mais evidentes, deixando de ser encobertados e tratados como normais.

Entretanto a xenofobia não começou agora. Ela sempre existiu. Se olharmos para o modo como atenienses, espartanos e persas tratavam-se na Antiguidade, podemos constatar uma relação xenofóbica. O mesmo aconteceu com os judeus, que sofreram com a xenofobia e a intolerância antissemita por toda a sua peregrinação pela Europa, desde a Antiguidade.

Embora a discussão acerca da xenofobia esteja em alta nos dias de hoje, a xenofobia é um problema muito antigo.

O ser humano, quando imerso na sociedade, adquire os preconceitos que a ideologia social impõe a todos, e um dos grandes desafios dos dias atuais é a libertação desses preconceitos para que o ser humano possa conviver com os demais de maneira harmoniosa.

O enfrentamento da xenofobia é um desafio para a nossa época, pois, cada vez mais, as fronteiras nacionais são rompidas e os cidadãos passam a conviver não mais somente com os seus semelhantes de pátria, mas com todos, como cidadãos de um mundo cosmopolita.

Exemplos de xenofobia

A xenofobia pode ser praticada de maneira verbal expressa e direta ou de maneira mais sutil e indireta. Ofensas contra pessoas provocadas por conta da origem delas é a forma direta de xenofobia. Também há o caso em que não ocorre agressão verbal, mas a fala deixa explícito o preconceito quanto à origem do outro, quando uma pessoa, por exemplo, recusa-se a ser atendida por um médico por ele ser cubano ou a ser atendida em uma loja por um vendedor africano.

Muro entre Estados Unidos e México. Um grande exemplo de xenofobia dos dias atuais.



Já a forma indireta e sutil é um pouco mais difícil de detectar, pois, muitas vezes, ela não é intencional e não visa acertar uma vítima diretamente. Seria o caso, por exemplo, de alguém expressar comentários generalizantes sobre a cultura de alguém, como dizer que a maioria dos muçulmanos é extremista e apoia o terrorismo, ou dizer que todo índio é indolente e que todo africano passa fome.

Xenofobia e racismo

Muitas vezes, o preconceito xenofóbico está ao lado do preconceito racial. Aliás, nesses casos, torna-se impossível separar o que é racismo do que é xenofobia, visto que a origem de uma pessoa está relacionada, na maioria das vezes, com a cor de sua pele. A cultura também é um importante fator que causa o estranhamento, e as culturas também estão intimamente ligadas às etnias.

O racismo é uma das causas da xenofobia e pode gerar isolamento social

Xenofobia na Europa

Os ataques xenofóbicos na Europa intensificaram-se após a grande leva de refugiados da Síria e de países africanos que se direcionaram para cidades europeias em busca de condições dignas de vida. A xenofobia parecia ter sido superada após a queda do nazismo em 1945, na Europa, porém, o que temos visto é um retorno de discursos populistasnacionalistas e supostamente patrióticos que propagam uma ideologia xenófoba.

xenofobia é um problema sobretudo nas grandes cidades europeias, onde o fluxo de imigrantes é maior. Por conta da relativamente curta distância geográfica, muitos imigrantes e refugiados do Oriente Médio e da África procuram reestabelecer suas vidas em cidades francesas, alemãs e italianas. Os centros urbanos, que já enfrentam os problemas da falta de infraestrutura para suportar a explosão demográfica, abrigam pessoas que, muitas vezes, defendem ideais extremistas, como a crença de que a presença dos estrangeiros tira do nativo as oportunidades de emprego.

De um lado, as cidades europeias recebem cidadãos refugiados e desesperados. De outro, representantes de uma direita extremista e demasiadamente conservadora querem fechar todas as fronteiras para qualquer imigrante de regiões que eles considerem não pertencer ao círculo europeu. Viktor Orbán, primeiro ministro da Hungria, por exemplo, é um desses líderes políticos de extrema direita que assumem suas posições xenófobas sem medo.

Mais ou menos em sua linha, segue o polêmico Boris Johnson, primeiro ministro da Inglaterra que não mede esforços para fazer com que o Brexit (palavra criada para designar a saída do Reino Unido da União Europeia) seja cumprido. Uma das motivações menos evidentes do Brexit seria a xenofobia e a dificuldade de aceitar que cidadãos que entrem em qualquer país da União Europeia, e consigam o visto, possam encaminhar-se para a Inglaterra. A livre circulação de pessoas faz parte do acordo de formação da União Europeia desde a sua criação, em 1993.

Xenofobia no Brasil

Aparentemente, o Brasil é um país de cultura vasta e plural, que recebeu e recebe pessoas de todos os lugares do globo, onde todos vivem harmoniosamente e sem conflitos. Contudo, o sentimento xenófobo vem crescendo em nosso país. Apesar de nossa herança ancestral, que engloba o sangue indígenaafricano e europeu, com certos períodos de imigração japonesa, o nosso país tem apresentado episódios de xenofobia diariamente.

Um fenômeno parecido com o que acontece na Europa tem interferido no funcionamento político e social de nosso país: o crescimento de uma ideologia de direita extremista, com traços racistas e xenófobos. Esse fator aliado ao crescente número de imigrantes e refugiados (sobretudo africanos, sírios e venezuelanos) tem despertado a ira de certo setor da população que não aceita pessoas estrangeiras em seu território.

Algo muito marcante na xenofobia por aqui, talvez mais marcante que em países em que as pessoas nutram culturalmente um sentimento nacionalista muito forte, como na França, é que a recepção aos estrangeiros varia de acordo com a origem, a etnia e a cultura desse imigrante. Normalmente, europeus, norte-americanos e japoneses são bem recebidos. Já povos do Oriente Médio, da África ou de países mais pobres da América Central e do Sul são vítimas de xenofobia e racismo.

 

Por Francisco Porfírio
Professor de Sociologia


FONTE:

https://www.google.com/amp/s/m.brasilescola.uol.com.br/amp/o-que-e/o-que-e-sociologia/o-que-e-xenofobia.htm


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Imigrantes haitianos sofrem com xenofobia no trabalho em Belo Horizonte 6A, 6B, 7C, 8A, 8B

Medo. Há cinco anos no país, Anivain Pierre reage com silêncio e lágrimas quando é alvo de preconceito



Ofensas racistas e preconceitos são comuns no cotidiano dos haitianos que trabalham em empresas de Belo Horizonte e região metropolitana da capital. É o que mostrou uma pesquisa realizada pelo programa Cidade e Alteridade da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), divulgada no fim do mês passado.

A equipe de pesquisadores ouviu 110 dos cerca de 5.000 haitianos que moram na região metropolitana de BH e constatou que 60% dos homens entrevistados e 100% das mulheres sofrem xenofobia e outras formas de preconceito no local de trabalho. A primeira fase do estudo foi feita entre fevereiro e outubro, para investigar o tema “Inserção Laboral de Haitianos e Bolivianos”.

Na opinião dos imigrantes, a situação ocorre porque eles vieram de um país pobre e percorrem o Brasil em busca de emprego. Por causa da dificuldade com o idioma, os entrevistados têm dificuldades em detalhar por quais cidades já passaram.

Anivain Pierre Paul, 34, está há cinco anos no país e, desde então, tem sofrido com a xenofobia calado. “Já me chamaram de burro, chifrudo e macaco. Há duas semanas, um ajudante de pedreiro da empresa quis que eu lhe desse a pá que usava para retirar a areia do caminhão. Eu disse que não. Só porque sou haitiano, ele me deu um empurrão. Não fiz nada. Se fosse no meu país, eu poderia ter brigado, mas aqui preciso trabalhar. Só chorei”, lamentou. O imigrante nunca reclamou da situação. “Se eu relatar, vão inventar que eu não gosto de trabalhar”, desabafou.

Outro haitiano, de 34 anos, que falou sob anonimato, está há três anos no Brasil. Ele tem adotado a resiliência para suportar a discriminação. “São poucos brasileiros que valorizam o estrangeiro, muitos não têm educação. Eu aceito a humilhação para crescer e, por isso, não respondo. Meu sentimento é de não ficar mais no Brasil”, revelou.

O caribenho revelou ainda que percebe um tratamento diferente para outros estrangeiros. “Se for americano ou francês, é muito diferente. Os brasileiros acham que nós (haitianos) não temos capacidade”, relatou.

Análise. O advogado e historiador Gilberto da Silva Pereira concorda que a tolerância do brasileiro com estrangeiros é seletiva, já que, durante anos, a imigração europeia foi incentivada no país. “O Brasil sempre foi receptivo com europeus. Já os haitianos e os bolivianos são vistos como mão de obra mais barata”, disse.

Segundo a pesquisadora Giselle Corrêa, uma das responsáveis pelo estudo, os imigrantes levam um choque porque nunca sofreram com racismo em seu país. “Eles ficam muito surpresos, porque, no Haiti, a maioria da população é negra”, analisou.

Para a professora de direito internacional da Universidade Fumec e do Centro Universitário UNA Luciana Diniz, a discriminação tem relação com o desconhecimento do brasileiro. “Eles não sabem de onde vêm essas pessoas. Em tempos de crise, os brasileiros pensam que eles (haitianos) vão retirar seus empregos”, explicou. Luciana ressalta, porém, que a discriminação contra imigrantes é um fenômeno mundial. “Brasileiros também passam por preconceito em outros locais. Em todo lugar é assim, infelizmente”, concluiu. (Com Letícia Fontes/Especial para O TEMPO)

Terremoto

Motivo. A saída de haitianos de sua pátria de origem se intensificou após o terremoto que aconteceu no dia 12 de janeiro de 2010.O abalo sísmico matou mais de 150 mil pessoas e devastou o país, um dos mais pobres do mundo.


Justiça pode ser acionada por estrangeiros que forem vítimas

Os haitianos que passam por situações de preconceito podem procurar a Justiça para relatar o crime. A maioria desses imigrantes está em dia com a documentação exigida pelas autoridades brasileiras.
Segundo a professora de direito internacional da universidade Fumec e do Centro Una Luciana Diniz, os estrangeiros podem, inclusive, requisitar ajuda da Defensoria Pública caso não tenham condições de pagar um advogado. Um entrave é que a maioria dos haitianos não conhece a legislação brasileira.
O vice-reitor da faculdade de direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Aziz Tuffi Saliba, informou que, no caso de racismo, a vítima pode chamar, inclusive, a Polícia Militar para relatar o ocorrido. Depois, o boletim de ocorrência segue para investigação da Polícia Civil. “Cada caso precisa ser analisado pontualmente, mas o racismo é um crime”, explicou Saliba. (AD)


Saiba mais

Números. A Secretaria de Estado de Direitos Humanos informou que não existe um dado preciso de quantos haitianos estão hoje em Minas Gerais e que a produção de dados sobre imigrantes em tempo real é um desafio, uma vez que a migração pressupõe deslocamentos.

Raio X. A secretaria informou que está firmando um convênio com o governo federal para a realização de um diagnóstico sobre migrantes e refugiados em Minas Gerais, a partir de uma metodologia que permita evidenciar dados mais precisos em relação à situação dos imigrantes e aos fluxos migratórios envolvendo o Estado. O diagnóstico deve ser iniciado no ano que vem.

Financiamento. A pesquisa precisa de financiamento para iniciar a próxima etapa. Os pesquisadores buscam apoio de órgãos do governo e agências que fomentam estudos. O plano é relatar as conclusões com haitianos e bolivianos e debater direitos trabalhistas com empregadores.

Ajuda. Os imigrantes que precisam de orientações de todos os tipos podem procurar a Casa de Direitos Humanos, na avenida Amazonas, 558, no centro da capital. Há também a Casa de Apoio ao Imigrante e Refugiado, em Esmeraldas, na região metropolitana da capital, que recebe imigrantes e os ajuda a encontrar emprego. A casa precisa de ajuda financeira, já que muitos dos imigrantes não têm como ajudar nas despesas. Os interessados em contribuir podem entrar em contato, pelo WhatsApp, com o coordenador do projeto, Luís Cláudio Corsini. O número é 99196-9884.

FONTE:

https://www.otempo.com.br/cidades/imigrantes-haitianos-sofrem-com-xenofobia-no-trabalho-1.1410725

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2) Por que alguns haitianos vieram para o Brasil? 

3) Onde se localiza o Haiti? 

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Aulas de Ciências Humanas na Rede Minas 25/08/20

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sábado, 15 de agosto de 2020

Planos de Estudos Tutorados - Ensino Médio 1M4

Ensino Médio Regular Diurno
 Volume I 

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Ensino Médio Regular Diurno - Volume II


     

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Planos de Estudos Tutorados - Ensino Fundamental Anos Finais Regular 6A,6B, 7C, 8A, 8B, 9Ae 9B


Ensino Fundamental Anos Finais - Regular

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